abril 28, 2009

A Praia... Cinzenta

(Des)Encontros...

... Aqui me encontro, aqui me acalmo, aqui onde o extenso areal comunica a tempo inteiro com as águas deste imenso oceano, que se vai até se perder de vista... Aqui me debruço, nas dúvidas, nas certezas, no verdadeiro e no imaginário... Aqui onde o tempo teima em andar lentamente...

...Aqui e hoje, o nevoeiro cerrado não deixa avistar no alto o sol. Sente-se apenas o vento, revolto e gélido, marcando sua presença através das constantes bofetadas geladas, que as sinto nas partes semi descobertas de meu corpo...

... Aqui também se sentem, os finos grãos de areia, abraçarem meus pés, assim como eu entrelaço neste lugar...

... Aqui as horas não passam, passeiam-se...

O mar, esse, via-se ocupado apenas a apagar os vestígios por mim deixados para trás, silenciosamente... E tudo era silêncio... Aparentemente... Pois no fundo, tamanho silêncio era na sua verdade, tamanha confusão...
... O mar discutindo terreno com os fino grãos de areia, e vice-versa, e o vento achando-se melhor que o mar e o areal, ficava dando uma safanão, ora ao areal, ora ao mar enquanto se ria à sua passagem...
E eu silenciosamente caminhava, ouvindo, sentindo e cheirando toda aquela balbúrdia em meu redor, mas sem nela pensar...

... Pois para confusão, estaria noutro lugar...

abril 18, 2009

Hope There's Someone

Folha de Papel...


Lá fora está a chover... como já não se via em tempos. e cá dentro sente-se o calor, dos sentidos... auto inflamando-se, como se de uma simples folha de papel tivesse como matéria de combustão... Essa folha que arde sem se ver, e sem algum tipo de fumaça libertar... Arde porque quebrou as suas inerentes barreiras de "protecção"... impostas por uma ou outra escrita menos aperfeiçoada, ou até mesmo, porque algo se escreve sem qualquer compasso de espera... É como se uma gota de sangue, fosse veneno constante... Consumindo-nos o pensamento... E do qual não queremos dar a provar, mas servi-lo num cálice amplamente detalhado com passagens de um ser... De mim, de ti, de todos e de ninguém... Mas cá dentro as chamas ardem... Com tanta exuberância que meu corpo já se omitira de sentir, em tempos.... Mas por algum motivo arde cá dentro... e além chove, constantemente...