
Desfalecia assim no chão duro e frio de um pequeno parque infantil, instalado para as crianças que habitavam umas tantas casas todas bonitinhas das redondezas. Aqui, á luz semi apagada de um velho candeeiro de rua, e ao luar enevoado pelo fumo do maldito cigarro. A banda sonora era apenas o vento, que por sua vez, fazia chiar as correntes de um baloiço vazio…
De tempos a tempos quebra-se o silêncio com os ruídos mecânicos acompanhados de melodias barulhentas e já de si enfadonhas, e dos olhares muito pouco discretos. Olham-me certamente como um vagabundo, sem lugar onde cair de morto… Mas não seremos todos nós meros vagabundos da vida? Uns meros drogados do oxigénio contaminado? Uns larápios natos dos sentimentos? Eficientes destruidores de tudo que é físico e até mesmo de nós próprios? ...
Quem quer que julgue que se julgue antecipadamente, e que as alegações finais não sejam desprovidas de pensamento interior, pois isso gera hidrofobia e desfavor, e eu gosto de sentir o chão no qual repouso…