abril 28, 2009

A Praia... Cinzenta

(Des)Encontros...

... Aqui me encontro, aqui me acalmo, aqui onde o extenso areal comunica a tempo inteiro com as águas deste imenso oceano, que se vai até se perder de vista... Aqui me debruço, nas dúvidas, nas certezas, no verdadeiro e no imaginário... Aqui onde o tempo teima em andar lentamente...

...Aqui e hoje, o nevoeiro cerrado não deixa avistar no alto o sol. Sente-se apenas o vento, revolto e gélido, marcando sua presença através das constantes bofetadas geladas, que as sinto nas partes semi descobertas de meu corpo...

... Aqui também se sentem, os finos grãos de areia, abraçarem meus pés, assim como eu entrelaço neste lugar...

... Aqui as horas não passam, passeiam-se...

O mar, esse, via-se ocupado apenas a apagar os vestígios por mim deixados para trás, silenciosamente... E tudo era silêncio... Aparentemente... Pois no fundo, tamanho silêncio era na sua verdade, tamanha confusão...
... O mar discutindo terreno com os fino grãos de areia, e vice-versa, e o vento achando-se melhor que o mar e o areal, ficava dando uma safanão, ora ao areal, ora ao mar enquanto se ria à sua passagem...
E eu silenciosamente caminhava, ouvindo, sentindo e cheirando toda aquela balbúrdia em meu redor, mas sem nela pensar...

... Pois para confusão, estaria noutro lugar...

Um comentário:

Pedro Castro disse...

http://criseminhaamiga.blogspot.pt/

Apesar de não ser um poeta, tenho a minha prosa.
Gostei muito. O mar também me faz abrir as asas à imaginação, é um local de muitos e variados sentimentos, depende de como ele está e de como nós estamos.
Se quiser visitar o meu e colocar a referência a este blog, tenho lá um espaço para partilha.